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Copa do Brasil: Corinthians vence o Athletico-PR por 2 a 0 e chega à semifinal
  • Por Nathália Ardizzone
  • 11/09/25
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Na Neo Química, Corinthians domina e confirma vaga na semifinal

O Corinthians não deu margem para drama. Em uma noite de controle e eficiência na Neo Química Arena, o time de Dorival Júnior venceu o Athletico-PR por 2 a 0, nesta quarta-feira (10), e garantiu a classificação para a semifinal da Copa do Brasil. Rodrigo Garro marcou aos 43 do primeiro tempo, e Gui Negão ampliou aos 18 da etapa final. Somado ao 1 a 0 na ida, em Curitiba, a vaga veio com 3 a 0 no placar agregado e sem sofrer gols no confronto.

O roteiro favoreceu o Corinthians desde os primeiros minutos. Linha alta para apertar a saída rival, meio-campo compacto para recuperar rápido e acelerar, e amplitude nas laterais para abrir o campo. Garro flutuou entre linhas para receber limpo, enquanto Memphis Depay arrastou a marcação e criou espaços. Gui Negão atacou a profundidade com constância, e a dupla de laterais ofereceu opção de cruzamento e infiltração.

O Athletico até ensaiou acelerar em transições, tentando achar Viveros e Julimar nos corredores, mas esbarrou em uma retaguarda firme. Gustavo Henrique e João Pedro ganharam a maioria dos duelos pelo alto, e Hugo Souza encaixou as bolas cruzadas. Quando precisava respirar, o Corinthians baixava o bloco, chamava o adversário e armava o contragolpe.

O gol que abriu o jogo saiu no momento mais pesado do primeiro tempo, quando o relógio anunciava o intervalo. Aos 43, Garro recebeu na entrada da área e finalizou colocado, sem chances para Ronaldo. O 1 a 0 consolidou a vantagem e tirou a ansiedade do estádio. O Athletico voltou do vestiário obrigado a se expor.

O segundo tempo manteve a mesma lógica: o Corinthians não recuou demais, mas escolheu bem quando acelerar. Aos 18, a jogada nasceu em velocidade, a defesa paranaense ficou desorganizada, e Gui Negão apareceu na área para concluir com frieza. Esse 2 a 0, no agregado 3 a 0, praticamente matou qualquer tentativa de reação.

Com o placar controlado, Dorival ajustou a altura da pressão e protegeu o miolo de zaga. Maycon e Breno Bidon alternaram coberturas, e os laterais dosaram a subida. O Athletico tentou aumentar a presença ofensiva, porém parou nos cortes, nos encaixes e em uma defesa de pênalti que virou lance-chave da noite.

VAR em cena, arbitragem no holofote e os próximos passos do mata-mata

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O jogo teve três momentos decisivos sob análise do vídeo. O primeiro foi um gol do Athletico-PR anulado por falta de Viveros na origem do lance. O árbitro Davi de Oliveira Lacerda, do Espírito Santo, havia validado em campo, mas reviu no monitor e marcou a infração por carga nas costas do adversário. O comentarista de arbitragem Paulo César de Oliveira, no Troca de Passes, concordou com a marcação por entender que houve desequilíbrio na disputa.

O segundo episódio foi o pênalti a favor do Athletico, aos 22 minutos, quando a bola tocou na mão direita de Matheuzinho após cruzamento de Léo Derick. O VAR checou se o contato foi dentro ou fora da área e manteve a decisão de campo. Benavídez cobrou firme, mas Hugo Souza pulou no canto e defendeu. A defesa manteve o 2 a 0 e esfriou de vez a tentativa de reação paranaense. Paulo César ponderou que, diante de imagens inconclusivas sobre a linha da área, o vídeo não deveria interferir — e, de fato, a decisão original prevaleceu.

Já no fim, o Athletico balançou a rede, mas o gol foi anulado por impedimento de Luiz Fernando, que recebeu à frente da última linha no passe antes da finalização. Decisão técnica, rápida, e que encerrou a discussão no campo. No conjunto, a arbitragem acertou nos lances capitais e foi assertiva ao recorrer ao monitor quando a revisão era necessária.

Em campo, a leitura das duas comissões ficou clara. Dorival Júnior priorizou o controle emocional e a gestão do ritmo, sem abrir mão de ameaçar. Quando o Athletico adiantou suas linhas, o Corinthians explorou as costas dos laterais. Quando os paranaenses baixaram para construir, o time paulista subiu a pressão para recuperar alto. A vitória, além da vaga, dá confiança por mostrar que a equipe executou diferentes planos na mesma partida.

No lado rubro-negro, a eliminação muda o foco da temporada. Sem a Copa, a equipe dirigida pelo auxiliar Fábio Moreno concentra energia na campanha da Série B do Brasileiro, com espaço para ajustar mecanismos, recuperar jogadores e organizar melhor o calendário. A tarefa passa por reequilibrar o sistema defensivo, reduzir erros na saída de bola e encontrar soluções no terço final para não depender de lances isolados.

O Corinthians agora aguarda o vencedor de Cruzeiro x Atlético-MG. As datas da semifinal serão definidas pela CBF, e a comissão técnica trabalha com cenários diferentes de adversário. Contra um rival que gosta de ter a bola, a tendência é repetir pressão coordenada e acelerar na perda/pressão. Diante de quem aposta em transições, o plano pode priorizar ocupação de segunda bola e bloqueio de corredores. Em qualquer cenário, a classificação sem levar gol nas quartas conta muito.

Além do placar, a noite teve personagens claros. Garro decidiu no primeiro tempo com a precisão que o torcedor já conhece. Gui Negão deu profundidade e frieza na hora certa. E Hugo Souza segurou a onda quando precisou, com a defesa de pênalti que valeu tanto quanto um gol. Em mata-mata, esses detalhes costumam separar quem avança de quem fica pelo caminho.

Os bastidores também pesaram. A Neo Química Arena foi um caldeirão desde o aquecimento, e o time correspondeu com intensidade sem perder a cabeça. Cartões foram administrados e não houve perda de controle. No banco, Dorival mexeu na hora certa para refrescar as laterais e o meio, mantendo o time competitivo até o apito final.

Abaixo, os lances-chave, escalações e a equipe de arbitragem que conduziu a partida.

  • Lances-chave: gol do Athletico anulado por falta de Viveros (após revisão no monitor); pênalti para o Athletico aos 22 minutos, defendido por Hugo Souza; gol anulado por impedimento de Luiz Fernando no fim.
  • Gols: Rodrigo Garro (43' do 1º tempo) e Gui Negão (18' do 2º tempo).
  • Placar agregado: Corinthians 3 x 0 Athletico-PR.
  • Corinthians: Hugo Souza; Matheuzinho, Gustavo Henrique, João Pedro, Fabrizio Angileri e Matheus Bidu; Maycon, Breno Bidon e Rodrigo Garro; Memphis Depay e Gui Negão. Técnico: Dorival Júnior.
  • Athletico-PR: Ronaldo; Santos, Benavídez, Terán, Aguirre, Esquivel e Léo Derick; Felipinho, Élan e Dudu; Julimar e Viveros. Técnico: Fábio Moreno (auxiliar).
  • Arbitragem: Davi de Oliveira Lacerda (ES); assistentes Rafael da Silva Alves (RS) e Nailton Junior de Sousa Oliveira (CE); VAR: Diego Pombo Lopez (BA).
  • Cartões amarelos — Corinthians: Fabrizio Angileri, Vitinho, Gui Negão e Matheuzinho; Athletico-PR: Viveros, Aguirre e Patrick.

Classificado, o Corinthians vira a chave para a semifinal com o moral em alta e a ideia de jogo alinhada. O elenco sai mais cascudo, com diferentes formas de vencer na manga. Do outro lado, o Athletico reorganiza prioridades e tenta transformar o baque em combustível para a maratona da Série B. O segundo semestre promete — e o mata-mata, como sempre, não perdoa quem oscila.

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Nathália Ardizzone

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Sou uma jornalista especializada em notícias com uma paixão por escrever sobre tópicos relacionados às notícias diárias do Brasil. Gosto de manter o público bem informado sobre os acontecimentos atuais. Tenho anos de experiência em redação e reportagem.

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