
Quando Nacional venceu por 1 a 0 o Atlético Nacional na última rodada do Grupo F, poucos imaginavam que a vitória seria, na prática, um adeus ao torneio.
O duelo ocorreu no Gran Parque Central, em Montevidéu, na noite de 29 de maio de 2025. O único gol foi marcado por Christian Oliva aos 88 minutos, porém a classificação já estava escrita.
Em termos de pontos, Copa Libertadores 2025 trouxe surpresas: o Internacional, liderado por Javier Gandolfi, acabou no topo com 11 pontos, enquanto o Atlético Nacional viu-se relegado a segundo lugar com 9, e o Nacional, com 7, despediu‑se do torneio.
Chegando ao duelo, o Nacional já acumulava quatro pontos e precisava de uma vitória por ao menos dois gols, além de depender de vitória do Internacional sobre o Bahía. A alternativa era ganhar por um e torcer por uma vitória mais confortável do rival brasileiro.
O Atlético Nacional, por sua vez, vinha de uma vitória esmagadora no primeiro jogo – 3 a 0 em 2 de abril – com gols de Marino Hinestroza, Kevin Viveros e Alfredo Morelos. A equipe colombiana já garantia a classificação, mas lutava pelo primeiro lugar.
No primeiro tempo, o Atlético Nacional impôs seu ritmo, dominando a posse e criando oportunidades claras. Billy Arce cobrou um escanteio que terminou na barra; Kevin Viveros tentou um chute livre que desviou na barreira; Dairon Asprilla cabeceou sem sucesso. A defesa uruguaia, comandada pelo goleiro Luis Mejía, manteve a meta vazia.
A segunda metade foi mais equilibrada. O Nacional tentou apertar, trocando passes curtos e buscando abrir espaços nas laterais. A pressão aumentou, mas a rede ainda nada se mexia. Foi então, quase ao fim, que Oliva recebeu um cruzamento na área, girou e bateu firme, enviando a bola ao fundo das redes aos 88 minutos.
Mesmo com o gol, o Atlético Nacional não se entregou. Camilo Cándido tentou de fora da caixa, enquanto Alfredo Morelos disparou de primeira, mas Luis Mejía fez defesas decisivas, preservando a vantagem até o apito final.
Ao sair do campo, o técnico Javier Gandolfi reconheceu a luta dos colombianos: “Fizemos um bom jogo, mas faltou a eficiência nos lances de bola parada.” Já o dirigente do Nacional, ao ser entrevistado, admitiu a frustração: “Ganhar e ainda ficar fora da competição dói, mas a equipe mostrou caráter.”
Nas arquibancadas, o torcedor uruguaio comemorou o gol tardio, enquanto os colombianos mantiveram o silêncio, cientes de que o título do grupo já escapava.
Com a vitória, o Nacional terminou o grupo com sete pontos, empatado com o Bahía, mas com saldo de gols inferior (-3 contra -2). O Internacional, ao vencer o Bahía por 2 a 1 no mesmo dia, consolidou o primeiro lugar com 11 pontos e diferença de gols de +4.
O Atlético Nacional, apesar da derrota, avançou como segundo colocado com 9 pontos, garantindo a vaga nos oitavos de final, mas agora enfrentará um adversário que acabou de terminar em terceiro lugar no seu próprio grupo.
O Nacional encerrará sua campanha na Libertadores, mas ainda poderá buscar a classificação para a Copa Sul‑América, dependendo dos critérios da CONMEBOL. Enquanto isso, o Atlético Nacional se prepara para o duelo de oitavas que, segundo o técnico, será “uma partida de alta pressão contra um rival sudamericano de tradição”.
Para o Internacional, a liderança abre caminho para enfrentar um adversário ainda desconhecido, mas a equipe já demonstra confiança após duas vitórias seguidas.
Com a saída da Libertadores, o Nacional ainda pode ser elegível à Copa Sul‑América, caso a CONMEBOL libere vagas para equipes com desempenho razoável nos grupos. Ainda não há definição clara, mas a diretoria já analisou os critérios de classificação e espera por um comunicado oficial.
A falta de eficácia nas bolas paradas e a defesa sólida de Luis Mejía foram decisivas. Além disso, o Atlético Nacional não conseguiu converter as chances criadas por Viveros e Asprilla, o que acabou custando o primeiro lugar para o Internacional.
O torneio ainda não definiu todos os confrontos, mas o segundo colocado do Grupo F enfrentará o vencedor de um dos grupos onde o primeiro colocado ainda não foi revelado. A probabilidade apontada pelos analistas é que seja um clube sul‑americano com boa campanha defensiva.
Para o Atlético Nacional, o placar confortável permitiu jogar com mais cautela no segundo encontro, focando na defesa. O Nacional, porém, precisava arriscar, já que precisava de uma vitória ampla. Essa diferença de abordagem acabou definindo o ritmo da partida.
Gandolfi afirmou que, apesar da eliminação, o grupo mostrou evolução tática e que a experiência da campanha servirá de base para as próximas temporadas, destacando a importância de manter a identidade de jogo desenvolvida ao longo do torneio.
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