
Quando Oscar dos Santos Emboaba Júnior, volante de origem americana (São Paulo), assinou contrato até 31 de dezembro de 2027, o São Paulo Futebol Clube recebeu um retorno que poucos esperavam.
O acordo foi oficializado em 24 de dezembro de 2024, após a despedida oficial de Oscar do Shanghai Port no dia 5 de dezembro. O meia, que completou oito temporadas na China, volta ao Morumbi aos 34 anos, trazendo experiência de três títulos da Super Liga Chinesa, duas conquistas da Premier League e passagens marcantes pela Seleção Brasileira.
A história de Oscar começa nas categorias de base do São Paulo Futebol Clube em 2004. Em 2008, ainda na equipe principal, ajudou o clube a erguer o título do Campeonato Brasileiro Série A, conforme registros da BeSoccer. Seu primeiro grande salto foi em 2010, quando o Sport Club Internacional pagou 6,00 milhões de euros para levá‑lo ao Rio Grande do Sul.
No Internacional, Oscar fez história ao ganhar a Copa Libertadores 2010‑11 e a Recopa Sudamericana 2011‑12. Em 2011 ainda vestiu a camisa da Seleção Brasileira Sub‑20 e foi decisivo na conquista do Campeonato Sul‑Americano Sub‑20, marcando três gols na final contra Portugal – primeiro jogador a fazer isso em uma final FIFA.
O próximo passo foi a Europa: em dezembro de 2012, o Chelsea Football Club desembolsou 32,00 milhões de euros (cerca de 30 milhões na moeda local) para contratar o meia. Durante quatro temporadas, Oscar acumulou 203 partidas, 38 gols e 36 assistências, além de levantar duas Premier League (2015, 2017), uma Copa da Liga (2015) e a UEFA Europa League 2012‑13.
Em 2016, após contrato encerrado no Chelsea, Oscar partiu para a Ásia. O vínculo com o então Shanghai SIPG – hoje Shanghai Port – foi fechado por cerca de 52 milhões de libras (aproximadamente 218 milhões de reais). O valor transformou Oscar em um dos jogadores mais bem pagos do planeta, ao lado de Neymar, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.
Na China, o desempenho foi inconsistente. Em 2018 ele brilhou com 40 jogos, 16 gols e 18 assistências, levando o clube ao primeiro título da Super Liga Chinesa. Depois, a temporada de 2022 foi, segundo a Wikipédia, "o pior ano da carreira asiática", com apenas cinco aparições e rumores de quase rescindir contrato. Ainda assim, o atacante voltou a brilhar em 2023, com 33 partidas, oito gols e 12 assistências, garantindo o título da liga novamente.
Oscar estreou na Seleção Brasileira em 2013, ajudando a conquistar a Copa das Confederações naquele mesmo ano. No Mundial de 2014, disputou sete partidas, marcou dois gols e deu duas assistências, tudo em casa, no Brasil. Nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, fez parte da equipe que ganhou a medalha de prata.
Em 16 de setembro de 2016, Tite convocou o jogador para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, mas ele não chegou a entrar em campo e, após isso, não foi mais chamado. A ausência na seleção gerou debates sobre o peso da experiência internacional versus a permanência no futebol europeu.
O contrato de Oscar com o Shanghai Port colocava seu salário anual entre 30 e 35 milhões de dólares, nível comparável apenas a Neymar, Cristiano Ronaldo e Messi. Segundo a CNN Brasil, a transferência custou cerca de 218 milhões de reais – um recorde de saída do Internacional até então.
Apesar da alta remuneração, o clube chinês também se beneficiou de marketing e vendas de camisas. As vendas de kits do Shanghai Port aumentaram 27 % no ano seguinte à chegada de Oscar, segundo relatório interno da diretoria.
Oscar assinou contrato até o fim de 2027, com cláusula de renovação automática caso o clube não seja rebaixado. O técnico do São Paulo, Dorival Júnior, declarou que o meio‑campo do time precisará de criatividade e liderança, atributos que o veterano pode oferecer.
"Estou muito feliz de voltar ao meu primeiro clube. Quero ajudar os jovens, trazer experiência internacional e, claro, lutar por títulos", disse Oscar em entrevista à CNN Brasil.
Analistas acreditam que a presença de Oscar pode influenciar positivamente a disputa pela classificação à Libertadores, já que o São Paulo atualmente ocupa a quarta posição no Brasileirão, com 48 pontos após 25 rodadas.
Além disso, o retorno de um jogador que já viveu nos maiores palcos – Premier League, Liga dos Campeões, Super Liga Chinesa – pode atrair mais patrocínios e reforçar a marca do clube no mercado internacional.
Oscar traz experiência de jogos em finais de torneios internacionais, o que pode melhorar a organização tática do meio‑campo. Seu histórico de passes decisivos (mais de 140 assistências na China) pode criar oportunidades de gol contra rivais sul‑americanos, aumentando as chances do Tricolor avançar nas fases de mata‑mata.
A negociação girou em torno de 52 milhões de libras esterlinas, o que equivalia a cerca de 218 milhões de reais na época, segundo a CNN Brasil. Algumas fontes apontam 60 milhões de euros, mas a maioria concorda que o valor foi um dos maiores já pagos por um brasileiro para um clube asiático.
Apesar da convocação de Tite em setembro de 2016, Oscar não jogou nas eliminatórias e acabou ficando fora da lista de convocados. A decisão foi influenciada pela combinação de sua mudança para a China, a disputa de vagas com outros meio‑campistas e a preferência do técnico por atletas que atuavam nas principais ligas europeias.
Ele tem ao menos oito títulos internacionais: Libertadores (2010‑11), Recopa Sudamericana (2011‑12), UEFA Europa League (2012‑13), duas Premier League (2015, 2017), Super Liga Chinesa (2018, 2023, 2024) e Supercopa da China (2019). Além disso, foi campeão da Copa das Confederações com a Seleção em 2013.
Treinadores do São Paulo afirmam que, apesar da idade avançada para um volante, Oscar mantém nível de preparo físico superior à média, graças a um regime de treinamento personalizado na China. O risco de lesões ainda existe, mas o clube acredita que sua inteligência de jogo compensa a perda de explosão.
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Comentários1
Joao 10matheus
outubro 17, 2025 AT 21:50Oscar volta ao Morumbi e já está cercado de teorias obscuras que ligam seu contrato a financiamentos secretos de corporações que controlam o futebl brasileiro. Acredita‑se que a transferência para a China foi apenas a fachada de um esquema de lavagem de dinheiro que ainda está em ação. O volante, com seu currículo estelar, serve como moeda de troca para interesses que vão muito além das quatro linhas. Se alguém ainda duvida, basta analisar os números de marketing do clube nos últimos meses.