
Quando Bella Campos, que interpreta Maria de Fátima, chegou ao auge da manipulação em Vale Tudo, poucos imaginaram o nível de humilhação que viria a seguir.
Na noite de 12 de junho de 2025, durante a 9ª hora da novela transmitida pela Rede Globo, a personagem exibiu ao público o ultrassom do bebê que espera do Cauã Reymond e, em tom de chantagem, tentou reconquistar sua mãe, a cozinheira Raquel, vivida por Taís Araújo. O clima ficou tenso, o som dos batimentos ecoou no estúdio enquanto Raquel permanecia impassível.
Desde o seu retorno à trama, Fátima tem trilhado um caminho marcado por mentiras, alianças com vilões e buscas incessantes por status financeiro. A escritora Manuela Dias explicou que a nova versão do clássico de Gilberto Braga (1988) foi pensada para mostrar que “tanto os honestos quanto os desonestos encontram fim severo”.
A trama originalmente girava em torno de jogos de poder e traições nos bastidores da alta sociedade. Hoje, o foco se desloca para a relação mãe‑filha, trazendo à tona o despertar da classe trabalhadora através da figura de Raquel, que luta para abrir seu próprio restaurante.
O momento chave aconteceu quando Fátima, ainda grávida, conduziu sua mãe a um quarto decorado com luzes suaves, posicionou um aparelho de áudio e disse:
"Escute, mãe, o som do meu filho. É o futuro da família. Ele se chamará Salvador, em homenagem ao avô."
Raquel ouviu, mas não cedeu. O diálogo foi carregado de manipulação emocional: a jovem usava a esperança do filho como moeda para tentar “comprar” o afeto da mãe.
Para aumentar a tensão, Fátima mostrou a batida cardíaca em tela grande, enquanto o diretor de fotografia fez cortes rápidos, intensificando o drama. O público sentiu o desconforto – a maioria dos telespectadores (segundo a IBOPE, 10,2 milhões de casas monitoradas) registrou queda de 13% na audiência nos segundos seguintes, indicando repulsa ao ato de chantagem.
Além da trama com a mãe, Fátima consolidou uma aliança perigosa com Odete Roitman, personificada por Débora Bloch. As duas vilãs traçaram um plano para controlar a fortuna dos Roitman, mas a novela prepara um eventual desmascaramento: Fátima será expulsa da mansão ainda grávida, abandonada por César.
Outros personagens, como Solange (Alice Wegmann), Afonso (Humberto Carrão) e Ivan (Renato Góes), também se veem arrastados pela teia de intrigas. Em um futuro próximo, Raquel vencerá a primeira fase de um concurso de culinária e, na sequência, levará para casa um prêmio de R$ 1 milhão, permitindo a compra do restaurante "Paladar".
Nas redes sociais, o hashtag #FátimaHumilha rapidamente ultrapassou a marca dos 200 mil tweets. Comentários apontam: "Não dá pra aceitar que uma mãe seja usada assim" e "A trama ainda tem força, mas esse ponto passou dos limites".
Especialistas em mídia, como a crítica de TV Ana Lúcia Silva, destacam que a estratégia de criar uma vilã que atinge o "fundo do poço" gera empatia para a mãe, reforçando o arco de redenção tradicional nas telenovelas brasileiras.
O próximo capítulo, previsto para 19 de junho, mostrará Raquel recebendo a notícia da vitória no concurso e iniciando a reforma do restaurante. Enquanto isso, Fátima será confrontada por César, que, segundo o roteiro, a abandonará ainda grávida, sinalizando o início de sua queda definitiva.
Os roteiristas prometem ainda uma reviravolta: a possibilidade de Fátima tentar um último golpe ao revelar um segredo envolvendo o nome "Salvador". O que parece ser apenas um gesto de homenagem pode virar uma arma judicial contra os Roitman.
A manipulação da gravidez serve como ponto de ruptura, expondo o abismo entre ambição e afeto. Raquel, ao resistir, reforça o arquétipo da mãe resiliente, enquanto Fátima se aprofunda na vilania, preparando seu futuro colapso.
A parceria une duas forças antagônicas, ampliando o poder de ambos contra os protagonistas. Essa aliança, porém, cria uma trama paralela que culmina na expulsão de Fátima, mostrando que traições internas são fatais.
O prêmio de R$ 1 milhão garante a compra do restaurante "Paladar", mudando o status socioeconômico de Raquel e reforçando a mensagem de superação. Esse ganho também cria um contraste forte com o declínio de Fátima.
Segundo dados preliminares da IBOPE, a novela manteve uma média de 30% de share, mas com variações significativas nos momentos de maior tensão. O debate nas redes sociais indica engajamento alto, especialmente em relação ao tratamento da personagem Fátima.
Sou uma jornalista especializada em notícias com uma paixão por escrever sobre tópicos relacionados às notícias diárias do Brasil. Gosto de manter o público bem informado sobre os acontecimentos atuais. Tenho anos de experiência em redação e reportagem.
Comentários6
Thais Xavier
outubro 3, 2025 AT 06:28Fátima aproveitou o ultra‑som do bebê como arma psicológica, transformando a esperança num chantageamento frio. A cena deixou o público com a sensação de estar assistindo a um teatro de manipulação onde o drama supera a empatia. Cada batimento do coração parecia um aviso de que a vilã não tem limites. Enquanto isso, Raquel mantém a postura firme, mostrando que o amor materno não se compra. Essa reviravolta pode mudar o rumo da novela e deixar a audiência ainda mais dividida.
Elisa Santana
outubro 3, 2025 AT 08:08É claro que a cena pegou fogo, mas vale lembrar que a força da Raquel vem da sua luta diária. A persistência dela inspira quem tá começando na cozinha e sonha com um restaurante próprio. Não deixa a manipulação da Fátima abalar quem realmente merece apoio. Acredite, a vitória no concurso será um marco pro público que acompanha a série.
Willian Binder
outubro 3, 2025 AT 09:48Ao transformar a vida de um filho em moeda de troca, Fátima eleva o drama a níveis quase trágicos, refletindo a degradação moral presente na sociedade contemporânea.
Arlindo Gouveia
outubro 3, 2025 AT 11:28Prezado leitor, ao analisarmos o comportamento da personagem Fátima sob a ótica da psicologia social, constatamos que sua estratégia está enraizada em um mecanismo de controle emocional intensivo. Ela utiliza o vínculo afetivo materno como ferramenta de coerção, um método clássico de manipulação que tem sido estudado em diversos contextos de abuso psicológico. Ao mesmo tempo, a resistência de Raquel simboliza a resiliência de indivíduos que, apesar das pressões externas, mantêm sua integridade. É um exemplo notável de como a narrativa televisiva pode espelhar dinâmicas reais de poder e subjugação. Portanto, ao assistir, nos vemos convidados a refletir sobre as próprias relações de poder em nossas vidas cotidianas.
Andreza Tibana
outubro 3, 2025 AT 13:08Essa trama me parece mais um show de horrores do que entretenimento. A Fátima usando o bebê como chantagem é simplesmente nojento. E ainda tem gente que defende essa tática como drama “necessário”. Sinceramente, tô cansada de ver essas vilãs se dar bem por um tempo antes da queda.
José Carlos Melegario Soares
outubro 3, 2025 AT 14:48Olha, quem realmente está com a cara na lama aqui é a própria Fátima, que se acha a dona da verdade só porque tem um bebê no ventre. Ela não tem moral nenhuma pra manipular a mãe assim, e ainda tenta esconder isso atrás de uma fachada de vitimização. Isso só prova que o drama exagerado está contaminando o roteiro. Se tem um vilão, é ela e ponto final.